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Nota Oficial a respeito da não utilização das Câmaras de Desinfecção

Segundo a autoridade sanitária do Brasil, método de desinfecção não possui evidências científicas e pode causar danos à saúde.

A Secretaria de Saúde de Não-Me-Toque optou por não utilizar as câmaras de desinfecção oferecidas por uma empresa do Município levando em consideração as  Nota Técnica 38/2020 e Nota Técnica 51/2020 publicada pela Agência Nacional da Vigilãncia Sanitária (Anvisa), que afirma “faltar evidências científicas” de que o uso de estruturas como câmaras, cabines e túneis para desinfecção de pessoas tenha eficácia, enquanto medida preventiva contra o novo coronavírus.

A Secretaria de Saúde esclarece que as decisões sobre o uso e aquisição de equipamentos e insumos dessa natureza são tomadas no âmbito do Comitê Extraordinário de Emergências, sendo que ao apreciar o assunto na reunião do dia 19 de Maio, houve a deliberação pela não instalação do equipamento até que haja um posicionamento favorável por parte da Anvisa em relação ao uso do mesmo.

De acordo com a autoridade sanitária, “a duração de 20 a 30 segundos para o procedimento não seria suficiente para garantir o processo de desinfecção”. Além disso, a nota técnica, divulgada pela Anvisa, reforça que a adoção desse mecanismo “não inativaria o vírus dentro do corpo humano, além de poder causar danos à saúde de quem se submetesse à desinfecção com saneantes aplicados diretamente na pele e nas roupas”.

O uso destas câmaras de desinfecção passou a ser adotado em alguns locais levando em consideração prática de alguns hospitais de borrifar substâncias químicas para desinfecção dos trabalhadores da saúde ao término da sua jornada de trabalho, da mesma forma que ocorre na entrada e saída de laboratórios de alto nível de biossegurança. Essa prática tem sido adotada para a descontaminação da paramentação contaminada após o atendimento dos pacientes com Covid-19.

A Anvisa esclarece que a metodologia atual para sair do laboratório de alto nível de contenção (nível de biossegurança 4) exige que o pessoal do laboratório descontamine suas roupas de pressão positiva por meio de “lavagem mecânica” durante uma ducha de produtos químicos e água por cinco minutos. Entretanto, a borrifação de produtos químicos na saída do serviço de saúde não envolveria a fricção mecânica utilizada nos laboratórios de alto nível de contenção.

Além disso, ao contrário das roupas utilizadas nos laboratórios de alto nível de contenção, as roupas utilizadas no dia-a-dia ou uniformes de empresas não são hermética, ou seja, completamente fechada. Em geral, o material utilizado é leve, não resistente a líquidos, possibilitando o contato do produto químico com a pele e, em algumas ocasiões, com os olhos, elevando o risco de reações adversas.

Ao citar algumas particularidades dos procedimentos adotados para evitar a introdução e a disseminação do vírus em ambientes controlados, como hospitais e laboratórios de alta segurança, a Anvisa acrescenta que embora tenham características comuns, ambientes hospitalares e de laboratórios não são iguais, exigindo, portanto, “regras e protocolos diferentes, uso de produtos e procedimentos seguros, práticas rígidas de higienização das mãos, corpo, roupas, salas e utensílios, além de adotarem equipamentos de proteção individual (EPIs) muito específicos, entre outras características”.

O Município de Não-Me-Toque através da Secretaria Municipal de Saúde agradece a disponibilidade manifestada pela empresa e permanece a disposição para firmar toda e qualquer parceria que venha a colaborar a pandemia do novo coronavírus, bem como rever a posição atual assim que houver um posicionamento diferente pela autoridade sanitária superior.

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