Durante os dias 7 e 11 de novembro, a assistente social Andréia Saraiva Lima esteve participando do curso intensivo de Justiça Restaurativa, em Porto Alegre.
O curso teve por objetivo formar lideranças em justiça restaurativa e coordenadores de círculos restaurativos, para que eles assumam a função de difundir e multiplicar a implantação do modelo voltado à pacificação de violências e resolução de conflitos. Para tanto, foram abordados os temas “Cultura de Paz”, “Valores Humanos” e “Diferenças entre Justiça de Paz e de Guerra”, no decorrer da semana. Os participantes também aprenderam sobre as práticas restaurativas, seus tipos e metodologias, princípios e valores, e introdução à comunicação não-violenta.
Em pauta, ainda, a ambientação e implementação do Procedimento Restaurativo, simulando um Círculo Restaurativo. A programação do último dia de curso incluiu visitas às Centrais de Práticas Restaurativas da comunidade e no Juizado da Infância e da Juventude de Porto Alegre.
A assistente social, que atua no Programa Municipal de Medidas Sócio Educativas em Meio Aberto (PEMSE), voltou de Porto Alegre muito satisfeita. “Nós tivemos oportunidade de aprender e discutir sobre formas restauradoras diferenciadas para trabalharmos com adolescentes em conflito com a lei. O jovem infrator precisa, sim, ser responsabilizado pelo ato que cometeu, mas precisa também ter consciência de que o que foi feito não é o correto. Através de novas metodologias, debatidas durante o curso, acreditamos que há a possibilidade de fazermos com que os adolescentes infratores venham a repensar em seus atos e cumprir a pena por percebeu o erro, e não apenas porque a justiça determinou a mesma. Desta forma, acreditamos que este jovem terá mais condições de reparar os danos cometidos e a reincidência deverá ser quase nula”, explicou Andréia.
Além de Andréia, mais 31 pessoas participaram do curso, como representantes de cidades gaúchas e comitivas de Minas Gerais, Amazonas, Ceará, Bahia, Mato Grosso do Sul e Paraná.