A Educação Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que inclui os níveis da Educação Básica – Ensino Fundamental e Médio, destinada às pessoas que não tiveram acesso à escola na idade convencional. Com a EJA, a pessoa pode retomar os seus estudos e concluir em menos tempo, se qualificando para conseguir melhores oportunidades no mercado de trabalho.
Em Não-Me-Toque, o EJA rende bons frutos, confira abaixo as produções textuais que ganharam destaque por parte da Secretaria de Educação.
Respiramos o mesmo Ar
Vivemos em um cenário absurdo, frio de sentimentos brutais. Onde o rico não encosta no pobre, nem sequer o olha. Tem medo que a pobreza seja contagiosa. Os egos estão elevados e representados por falsas modéstias e orgulho exagerado.
Enquanto uns reclamam do seu próprio alimento, outros choram e gritam a falta dele. Enquanto uns reclamam da escola e da educação, outros lutam para ter direito. Enquanto uns de barriga e bolso cheio reclamam, a outros que desvalidos, gritam a igualdade… . Mas não são ouvidos… . Eles têm medo de serem contaminados!
Ainda em meio à turbulência e desigualdade, existem pessoas que sabem que o amor transforma, ele cura, ele fortalece assim como ele aquece até mesmo aquele sentimento adormecido, esquecido, basta permitir que esse irreconhecível que ainda é seu irmão se aproxime e você irá se reencontrar nele.
Ainda que uns esqueçam, fingem esquecer… . Eu vou te lembrar, que por mais diferenças que existem entre o bem e o mal, o rico e o pobre, o preto e o branco, eu e você estamos no mesmo barco… . Eu e você respiramos o mesmo ar… . Queremos um mundo melhor, mais igualdade somos todos seres humanos.
Agora vamos sorrir juntos, chorar de emoção do abraço meu irmão, vamos cantar a mesma canção, trocar um aperto de mão, vai esquecer nosso coração. Se calar a tua voz eu falarei por nós, seus olhos enxergaram através dos meus, e assim faremos porque somos um só. Nem eu melhor que você, nem você melhor que eu. Basta agora, nos libertarmos do medo, medo de ser julgado, de ser maltratado, me de à mão hoje acaba a solidão.
Aline Soares
Sem Diferenças
O negro quilombola de sorriso radiante
No meio de todos, o seu coração ninguém vê
Todos só estão vendo a cor, preta de dor
Ao ver o interior não existe cor.
O preconceito não deveria existir
Sem diferença, não seríamos iguais
O preconceito fere sentimentos.
Para que os seres humanos não sejam desiguais
Aquela cor que carrega lutas e batalhas
Não existe aquele que apague a essência da sua alma.
Alma que canta, dança, chora como a
Minha como a tua como a nossa!
A cor branca, ou preta tanto faz
Somos todos iguais, vivemos no mesmo mundo
Temos mesmos sentimentos
E desigualdade não cabe mais.
A vida é uma passagem, nascemos e
Morremos da mesma forma, então
Porque se preocupar com coisas tão banais?
Como a cor da pele.
Greice Keli da Cruz e Rejane Arleti Philippsen