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24 de março: Dia mundial de combate à tuberculose

A tuberculose é uma das enfermidades mais antigas e conhecidas do mundo. Mas não é uma doença do passado como todos pensam. Está em estado de emergência decretado pela Organização Mundial de Saúde, como enfermidade reemergente, desde 1993. Um terço da população mundial está infectada pelo M. tuberculosis e, por ano, ocorrem 8,5 milhões de casos e 3 milhões de mortes causadas pela doença. A maioria em países em desenvolvimento.

Anualmente notifica-se no Brasil perto de 100 mil casos de tuberculose sendo que, destes, 85 mil casos são novos. Morrem cerca de 6 mil pacientes no País. Os principais fatores que contribuem para a manutenção e agravamento do problema são a persistência da pobreza em nossa sociedade e a ocorrência da Aids nos grandes centros. O aumento da ocorrência da resistência medicamentosa e da Multidrogaresistencia (MDR) é outra preocupação do programa.

 

Transmissão:

Existem várias formas de tuberculose (pulmonar, meníngea, miliar, óssea, renal, cutânea, genital, etc). A forma mais freqüente e mais contagiosa é a pulmonar. Um paciente pulmonar bacilífero, se não tratado, em um ano pode infectar de 10 a 15 pessoas. Uma vez iniciado o tratamento, o paciente normalmente pára de transmitir a doença em no máximo 15 dias. A via aérea é a principal via de transmissão da tuberculose. Dessa forma, aumentar a ventilação do ambiente e cobrir a boca e o nariz quando de tosse ou espirro são medidas que ajudam a reduzir a transmissão.

 

Quando suspeitar?

Todo paciente com tosse há mais de três semanas e expectoração (sintomático respiratório) deve ser considerado um suspeito de tuberculose e encaminhado ao serviço de saúde para confirmação ou descarte do diagnóstico. Podem ocorrer outros sintomas como: dispnéia (sensação de falta de ar), dor no peito (tórax), hemoptise (tosse com sangue), suor (sudorese), febre, dor de cabeça, falta de apetite e apatia e prostração (sensação de cansaço), entre outros sintomas. Também deverão ser examinados todos os indivíduos que convivem ou conviveram com doentes de TB (contatos), principalmente se também apresentarem sintomas respiratórios.

Qualquer pessoa pode se infectar pelo bacilo e desenvolver a doença. O período de maior risco de desenvolver a doença após a infecção é nos primeiros dois anos. Além das pessoas que vivem em baixas condições sociais, ou seja, que apresentam desnutrição, têm maior chance de também adoecer qualquer um que esteja com suas defesas imunológicas comprometidas, como os pacientes com Aids, alcoolismo, câncer, diabetes, ou que estejam sofrendo tratamento com imunossupressores. Também são consideradas populações de maior risco pessoas que moram em presídios, manicômios, abrigos e asilos, assim como mendigos e trabalhadores que mantêm contato próximo com doentes de tuberculose.

 

Como é feito o diagnóstico?

Após confirmada a suspeita pelo serviço de saúde, o exame indicado para confirmar o caso de TB é a baciloscopia de escarro. A radiografia do tórax não confirma nem descarta o diagnóstico, apenas indica a extensão das lesões.

 

O tratamento

A tuberculose tem cura. O tratamento dura 6 meses e a medicação deve ser tomada diariamente. O diagnóstico e o tratamento são gratuitos. O paciente deve procurar a unidade de saúde de saúde do SUS mais próxima da sua casa ou lugar de trabalho. Pacientes que não seguem rigorosamente o tratamento, abandonando-o ou fazendo-o de maneira parcial, correm o risco de recaída com sintomas mais graves e podem vir a ser tornar pacientes TB-MR (multidrogaressistente)

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